É um tratamento de alta complexidade onde o paciente é submetido a uma pressão maior que a atmosférica, dentro de uma câmara hiperbárica, onde recebe 100% de oxigênio através de máscaras ou capuzes individuais durante 90 a 120 minutos, diariamente ou em dias alternados. Nestas condições, ocorrem fenômenos que contribuem com o processo de cicatrização e no combate a diversos processos infecciosos. A Medicina Hiperbárica surgiu no mundo a mais de 300 anos e no Brasil a mais de 30 anos, com mais de 180.000 publicações científicas em pelo menos 16 idiomas.

O Conselho Federal de Medicina no ano de 1995, através da resolução número 1457, estabeleceu as seguintes indicações médicas para o uso da oxigenoterapia hiperbárica no nosso país:

* Embolias gasosas;
* Doença descompressiva;
* Embolias traumáticas pelo ar;
* Envenenamento por monóxido de carbono ou inalação de fumaça;
* Envenenamento por cianeto ou derivados cianídricos;
* Gangrena gasosa;
* Síndrome de Fournier;
* Outras infecções necrotizantes de tecidos moles: celulites, fasciites e miosites;
* Isquemias agudas traumáticas: lesão por esmagamento, síndrome compartimental, reimplantação de extremidades amputadas e outras;
* Vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas biológicas (aracnídeos, ofídios e insetos);
* Queimaduras térmicas e elétricas;
* Lesões refratárias: úlceras de pele, lesões pé-diabético, escaras de decúbito, úlcera por vasculites auto-imunes, deiscências de suturas;
* Lesões por radiação: radiodermite, osteorradionecrose e lesões actínicas de mucosas;
* Retalhos ou enxertos comprometidos ou de risco;
* Osteomielites;
* Anemia aguda, nos casos de impossibilidade de transfusão sangüínea.

Para permitir a identificação de todos os pacientes com efetiva indicação, a Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica elaborou a atualização e o detalhamento das indicações iniciais por especialidade médica, o que facilita a identificação dos pacientes que serão beneficiados pela oxigenoterapia hiperbárica.

 

Dr. Fabrício V. Rech
Dr. Juliano Arenzon

 

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